Onix diz que “de maneira nenhuma o governo do presidente Jair Bolsonaro concorda com qualquer outra ação para flexibilizar em território brasileiro o uso da maconha.”
O governo do Brasil reafirmou seu compromisso na luta contra as drogas ao proferir voto contrário à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de retirar a maconha das listas das substâncias psicotrópicas controladas pelas Convenções Internacionais.
A Comissão de Drogas Narcóticas das Nações Unidas aprovou, nesta quarta-feira (2/12), que a maconha seja reclassificada para um patamar de substâncias consideradas menos perigosas.
A maconha foi retirada da Tabela IV da Convenção de 1961 sobre Entorpecentes. Com a reclassificação, a maconha e seus compostos passam a figurar ao lado de substâncias como a morfina, por exemplo.
Isso não significa que os países membros estão autorizados a legalizar a maconha, mas a nova classificação reconhece o valor medicinal da planta e pode possibilitar avanços nas pesquisas sobre o assunto. Além disso, os países ainda têm a necessidade de estabelecer controle sobre o uso da droga.
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, acompanhou ao vivo a transmissão do evento na Áustria direto de seu gabinete, em Brasília.
Durante conversa com os cidadãos brasileiros pelas redes sociais, o ministro explicou o posicionamento do país na votação:
“Qualquer afrouxamento desse tipo de substância vai piorar o quadro de uso de recreativo da maconha e terá consequências devastadoras para toda a sociedade brasileira.”
Lorenzoni acrescentou:
“Atuamos na proteção da família e da vida humana. Aceitamos, reconhecemos e já temos legislação para dar atendimento aqueles pacientes que se beneficiam do canabidiol nas crises convulsivas, mas de maneira nenhuma o governo do presidente Jair Bolsonaro concorda com qualquer outra ação para flexibilizar em território brasileiro o uso da maconha.”